Apesar do local servir refeição no sistema khao gaeng, a visita foi para provar o gaeng keow wan. Antes de falar sobre o prato, o curry verde, que na verdade não é um curry de fato, assim como outros tailandeses, foi mais uma designação ocidental a estes pratos. Enquanto os outros curries, como o vermelho e o massaman vieram da cozinha da nobreza do país, o curry verde tem origem popular. Por isso você liga os pontos e ve este prato sendo vendido em restaurantes populares, com receitas que fazem parte da família. Se quiserem saber mais, o blog recomenda o canal OTR Food & History (em inglês), que faz um trabalho muito interessante em cima de alguns pratos tailandeses.
A variedade de opções para montar seu khao gaeng pareceu muito interessante, inclusive pedi uma porção de moo tod, que estava sendo frito bem na hora que cheguei, que nada mais é do que pedaços de carne suína fritos por imersão, como se fosse torresmo. Sem nada de diferente no tempero, apenas sal, o gosto da carne suína limpa, e como chegou junto com o prato, de entrada virou acompanhamento.
Eu aprendi a fazer o curry verde quando estive em Bangkok em 2022, e desde então não fica tão difícil de comparar com restaurantes que usam pasta industrial, antes de mais nada, todos restaurantes tailandeses que visitei em São Paulo, usam esta pasta, infelizmente, pois além de ter uma quantidade alta de sódio, ela costuma ser bem apimentada.
Vamos ao que interessa, o gaeng keow wan, faz parte do menú a la carte do restaurante, e acompanha arroz. Aqui se faz do modo mais tradicional, havia pedaços de nabo, de gosto limpo, as proteínas são almôndegas caseiras de peixe, macias e de gosto suave. O caldo é aromático, com nível de pimenta baixo, a pimenta entra no prato apenas para provocar, não dominar, o leite de coco é o elemento que encorpa o caldo, na texura e sabor. Após anos, encontrei o curry verde perfeito.
Nota: 10/10
Aos que se interessarem, e queiram visitar (por favor visitem o local) é o número 10 no cardápio.
Comentários
Postar um comentário