Este foi o restaurante que mais fiz visitas em Belém, e o que me incentivou foi não somente a qualidade mas também porque a casa oferece em seu cardápio porções menores, o que possibilita provar mais pratos.
A maioria dos pratos são servidos em cuias, um símbolo marcante da culinária paraense.
Começando pelas entradas, o bolinho de charque com queijo marajó, massa crocante do bolinho que veio fartamente recheado com carne seca local e queijo, mistura interessante, a carne dessalgada não deixou o sabor do queijo desaparecer.
Nota: 8/10
Um snack muito popular em Belém é a unha de caranguejo, a versão da casa leva uma massa crocante e bem recheado de carne de caranguejo desfiada, Salgado muito gostoso, pessoalmente na categoria de snacks brasileiros, certamente deveria estar em um top 10 do país. O recheio adocicado combina muito com o molho de pimenta local a base de tucupi.
Nota: 10/10
A porção de gó frito, o peixe popularmente chamado de gó é outro pescado muito apreciado em Belém, e infelizmente esta foi a única oportunidade que tive de provar. O peixe combinou demais com este tipo de preparo, frito em imersão. A espessura e firmeza dos filés os deixam perfeitos para um petisco, não fica quebradiço como de uma pescada, a carne do peixe tem um sabor limpo e combina com um pouco de suco de limão.
Nota: 10/10
Agora entrando nos pratos principais, o filé bovino com queijo marajó tem um formato semelhante ao de um gyudon japonês, pedaços de carne de qualidade com o queijo marajó, o queijo aliás não tem um gosto muito pronunciado, e ajudou a dar mais umidade ao prato que além do arroz veio com farofa e feijões.
Nota: 8/10
O açaí da casa também com muita qualidade, com gosto terroso mais leve e apesar de estar na seção de sobremesas, vem servido puro, somente com farinha de tapioca, que para aproveitar seu consumo, é interessante deixar mergulhado no caldo para hidratar.
Nota: 9/10
O arroz paraense veio com camarões dessalgados que me agradaram, chicória e o arroz com tucupi. O prato não veio com muito caldo, eu prefiro mais molhado.
Nota: 8/10
Além da Bahia, a culinária paraense também aprecia o caruru, cozido que tem como um dos principais elementos o quiabo. Servido com camarão seco e chicória, um prato que pede arroz para comer junto. Não tenho muito feedback do prato então não sei diferenciar o quanto é diferente da versão baiana.
Nota: 8/10
A moqueca de filhote acredito ser um prato assinatura da casa, com pedaços de peixe, pata de caranguejo, os ovos de codorna e a chicória aliás bem paraenses presentes no prato. O pirão aromatizado com tucupi misturado com arroz estavam ótimos.
Nota: 10/10
O tacacá é outra boa pedida, caso queiram sentir o que é a culinária paraense, o caldo tem aquela acidez viciante do tucupi junto com camarões bem dessalgados, goma na medida certa.
Nota: 9/10
O creme de tapioca cobertos com lascas de chocolate talvez agrade a quem prefira um doce mais pronunciado, eu achei razoável.
Nota: 7/10
O creme de bacuri me agradou mais, a acidez cítrica com açúcar me agradou mais pelo equilíbrio.
Nota: 8/10
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