Acho que esta é uma hora oportuna de falar do local, já que não faz muito tempo que a chef e propietária, Janaína Torres, ganhou o prêmio de melhor cozinheira do mundo, e antes de mais nada, o blog dá os parabéns a chef e vida longa ao Bar da Dona Onça.
Com o prêmio veio a expectativa alta, especialmente de pessoas que nunca visitaram o restaurante, e estava lendo comentários, como tamanho pequeno das porções, e qualidade de alguns pratos.
Pessoalmente já provei muita coisa do cardápio, e algo que cruzando valor e tamanho da porção, as coxinhas podiam vir algumas unidades a mais, quanto aos pratos, sempre achei o porcionamento bem adequado. Quanto a qualidade, entendo que agradar a todos é algo extremamente difícil, o paladar é a coisa mais democrática que existe, mais que a democracia, e estas nuances de texturas, temperos e proporções de insumos de pratos, especialmente os populares que abrem margem para comparabilidades, existem, e quem cozinha deve seguir a sua identidade culinária firmemente.
Mais um pitaco sobre qualidade, eu gosto de pegar como exemplo o prato feito da casa, um prato do dia a dia dos brasileiros, o valor do prato feito da casa é algo assustador, não há insumos caros, mas sim técnica culinária e muita qualidadede em cada elemento, até hoje não encontrei um prato feito nota 10 igual ao da Dona Onça, infelizmente, o que pra mim demonstra como a comida do dia a dia da Grande São Paulo é algo ainda muito desvalorizada.
Foi a primeira vez que provei uma massa da casa, o talharim + carne de panela. A massa é muito boa, firme, e a carne de panela que é um cozido, logo seu caldo misturado com o macarrão combinou perfeitamente. Vou ressaltar, carne de panela, cozido de carne bovina, cujo corte pode vir de partes mais firmes como músculo, acém, coxão duro etc, O cozido pode vir acompanhado de batatas e cenouras. O picadinho é outro prato, que aliás é feito também produzido com perfeição no restaurante.
Nota: 9/10
Comentários
Postar um comentário