Há muitos locais no mundo que quero visitar, muitos estão na lista há anos, muitos anos, e o Uzbequistão era um destes locais. Uma pena ter planejado ficar tão poucos dias, geralmente calculo 3 dias inteiros na cidades que visito, um mínimo para visitar locais turísticos e logicamente, explorar a cozinha local. Em cidades menores ou que não seja difícil de voltar, 2 dias inteiros estão de bom tamanho, se tiver sorte com o dia da chegada e partida, é possível ter algumas refeições a mais incluidas. O país assim como os outros da Ásia Central é uma mistura interessante, são de religião muçulmana, o alfabeto é cirílico.
O problema que me afetava nos anos que pensei em visitar o país era a logística, há sim voos de São Paulo para Tashkent, sempre com escala e Dubai ou Doha, dependendo da cia aérea, contudo o valor é bem alto. Então decidi outra abordagem, pegar um voo até Dubai, e fazer da cidade um hub para viajar para a Ásia Central, com a cia aérea low cost da Emirates, a Fly Dubai, e deu certo. O custo de fazer a viagem "picada" me fez economizar, em relação ao voo "direto", o que gastei de hotel em Dubai, o voo pela Fly Dubai ida e volta, mais comida etc ainda assim ficou mais em conta.
Visitar um país da Ásia Central, região que fez parte da rota da seda, ainda que as cidades ideais neste caso para visitar seriam Bukhara e Samarkand, meu foco é muito mais em cima da culinária local, e sendo assim, as cidades, proporcionalmente com maior população, e maior quantidade de restaurantes.
A cidade é relativamente amigável para fazer turismo a pé, há semáforos para pedestres em muitas vias, ainda que faltam em muitas outras, nas avenidas, as calçadas são largas e com boa pavimentação. Não sei de qual cidade você leitor é, mas não tem como não comparar com a base de operações do blog, a cidade de São Paulo, então o nível de segurança em Tashkent é alta, não tive nenhum incomodo, não tive sensação se insegurança em momento algum, mesmo de noite.
Quanto a transporte, do aeroporto para cidade e vice versa, foi taxi. Há um aplicativo local de transporte que simplesmente não funciono no meu celular, havia sim comprado um chip de dados (no aeroporto) mas parece que havia necessidade de ter número registrado para o app funcionar. Sem problemas pois há linhas de metro na cidade, que passam nas proximidades de muitos pontos turísticos. E o metro em si é uma atração turística, com arquitetura soviética, parece algo saído de um filme steampunk, ainda mais que há o uso de trens a diesel, com visual anos 60.
O custo de transporte, compras e comida na cidade é bem em conta, mas as hospedagens razoavelmente mais altas, me lembrou bastante Manila neste ponto, não há uma proporcionalidade, e como um bom ar quente era necessário devido a época do ano, preferi não só um hotel melhor mas também que ficasse próximo do encontro de duas estações de metro, a Oybek com a Ming O'rik, das linhas azul e verde.
Há locais interessantes para visitar na cidade, a praça Amir Temur e seus arredores onde há uma área com barracas de comida, que aliás lembrei de outro assunto, há travessias de avenidas que se deve fazer por passagens subterrâneas, que é o caso de acessar a praça para esta área de alimentação. Há mesquitas interessantes como a Minor, e o complexo Hazrati Imam, foto de capa da postagem, que no momento esta passando por uma intensa reforma nos arredores, então caso você queira visitar, recomendo pesquisar o andamento destas reformas.
O Tashkent City Park fica em uma área nobre da cidade, parque bem cuidado e que tem o Shopping Tashkent City Mall ao lado, eu passei pelo parque a noite, que proporciona uma vista interessante, e acredito ser um dos melhores da cidade, que tem inclusive restaurantes interessantes. A torre de Tashkent fica em uma região pouco movimentada da cidade, não sei ao certo se é possível entrar e subir nesta torre, passei em frente durante uma visita a um dos restaurantes mais conhecidos da capital uzbek.
E finalizando sobre o que consegui visitar, o Chorsu Bazaar, que seria o mercado central da cidade. A área do mercado é extensa, que conta com seções de panificação, frutas e verduras, e talvez a mais fotografada pelos turistas que é onde ficam concentrados o comércio de carnes, laticínios, conservas e grãos.
Para os que gostam de adquirir algum souvenir, eu sou assim, na área externa há lojas especializadas nas famosas louças uzbeks, e também lojas de vestuário e lembranças menores como chaveiros, imãs etc.
Há uma praça de alimentação típica no Bazar, por favor não deixem de passar lá, um dos quiosques será inclusive tema de postagem do blog.
Finalizando a postagem, a cozinha do Uzbequistão tem um pouco de influência chinesa, um pouco da russa, do oriente médio e também de características da região, como a linguiça feita de carne de cavalo chamada de qazi. O arroz pilaf é certamente um dos principais pratos a Ásia Central, e pode ser encontrado em todos os cantos de Tashkent, e também me surpreendeu a variedade de sopas, se não me engano, todo restaurante visitado havia pelo menos uma sopa no cardápio. Então é um prazer pode falar um pouco da experiência que o blog teve com a comida do Uzbequistão, através das próximas postagens.
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